terça-feira, 24 de novembro de 2009

Drama real.

Homem diagnosticado com coma passa 23 anos consciente

Um erro de diagnóstico fez um homem passar 23 anos consciente e preso a uma cama, enquanto médicos pensavam que ele estava em coma, na Bélgica.

Rom Houben, que tinha 23 anos quando sofreu um acidente de carro que o deixou completamente paralisado, foi submetido a vários exames normalmente utilizados para diagnosticar o coma, baseados em respostas motoras, verbais e oculares.

Ele, no entanto, escutava e via tudo o que acontecia à sua volta, sem conseguir se comunicar com médicos, familiares e amigos.

Apenas alguns meses atrás, exames com aparelhos de tomografia de última geração mostraram que seu cérebro estava funcionando de maneira praticamente normal.

Houben foi então submetido a várias sessões de fisioterapia e agora consegue digitar mensagens em uma tela de computador.

Um aparelho especial colocado sobre sua cama permite que ele leia livros mesmo deitado.

"Nunca vou me esquecer do dia em que descobriram qual era o meu verdadeiro problema. Foi meu segundo nascimento", disse. "Todo este tempo eu tentava gritar, mas não havia nada para as pessoas escutarem."

"Frustração é uma palavra muito pequena para descrever o que eu sentia", afirmou, Houben, que deve permanecer internado em uma clínica perto de Bruxelas.

O neurologista Steven Laureys, que liderou a equipe que descobriu a situação de Houben, publicou um estudo há dois meses alertando que muitos pacientes considerados em estado de coma na verdade podem estar conscientes.

"Apenas na Alemanha, a cada ano, 100 mil pessoas sofrem de traumatismo cerebral grave. Estima-se que de 3 mil a 5 mil deles se mantêm presos em um estágio intermediário entre o coma verdadeiro e a total recuperação de seus sentidos e movimentos. Eles seguem vivendo sem nunca mais voltarem", disse Laureys, chefe do Grupo de Coma do Departamento de Neurologia da Universidade de Liège.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Demitido por causa de game ganha indenização

 Um argentino que resolveu jogar videogame no horário de trabalho – e demitido por essa causa – vai ganhar uma bolada da concessionária de veículos em que trabalhava.

O argentino, cujo nome é mantido em segredo, não gostou da atitude do ex-chefe, já que se divertia com o console Playstation quando a loja estava vazia, sem clientes. Por isso, processou a empresa pela demissão. E os juízes do Ministério do Trabalho da Argentina, Hector Guisado e Oscar Zas, responsáveis pelo caso, lhe deram ganho de causa. E mais. Disseram ao chefe que o fato do funcionário jogar Playstation durante o trabalho não é tão grave a ponto de uma demissão.

Segundo os dois juristas, o chefe poderia ter tido bom senso e simplesmente dado uma bronca ou um aviso formal sobre a prática de jogar videogame durante o expediente.

Conclusão: o dono da concessionária, além da bronca do juiz, terá que pagar 225 mil pesos ao ex-funcionário – cerca de 100 mil reais